3 Mitos comuns sobre o orçamento de marketing
Nos últimos anos, a compreensão do que é marketing e quais as melhores práticas para a sua execução evoluíram significativamente. No entanto, persistem alguns “mitos” que ainda fazem com que o marketing seja frequentemente subordinado a outras áreas quando chega o momento de repartir o budget.
Estes mitos, apesar de amplamente difundidos, revelam uma perceção simplista e distorcida da importância e do papel que o orçamento de marketing desempenha no planeamento e execução das atividades de marca.
Vamos, então, desmistificá-los:
Mito 1. “O orçamento de marketing é uma despesa”
Um dos equívocos mais prejudiciais é considerar o orçamento de marketing como uma despesa, uma “prenda” atribuída ao departamento de marketing sem uma ligação direta com o retorno. Esta visão limita o potencial de estratégias que podem gerar valor tangível para a empresa.
Na realidade, o orçamento de marketing deve ser encarado como um investimento estratégico. Cada euro investido nas iniciativas de marketing deve ter um propósito claro e mensurável. O retorno sobre o investimento (ROI) pode manifestar-se de diversas formas — aumento de vendas, fortalecimento da notoriedade da marca, e fidelização de clientes, entre outros.
O sucesso do marketing não se avalia pelo montante gasto, mas sim pela eficácia com que esse investimento contribui para os objetivos de negócio.
Mito 2. “O orçamento de marketing substitui o plano de marketing”
Outro mito comum reside na tendência de confundir o orçamento de marketing com o próprio plano de marketing. Reduzir o plano de marketing a uma alocação de recursos financeiros é um erro que pode comprometer a coerência e a eficácia das campanhas e ativações.
O plano de marketing é uma estrutura muito mais abrangente, que envolve a definição de objetivos, a análise de mercado, o posicionamento da marca, a identificação do público-alvo e a seleção de estratégias para alcançar esses fins. O orçamento, por outro lado, é um componente que viabiliza a implementação dessas ações, mas não deve ser confundido com a visão estratégica que orienta o marketing. Enquanto o plano define o “quê” e o “como”, o orçamento define o “quanto”. Reduzir o processo a meras linhas de Excel elimina a profundidade e a análise necessárias para um marketing eficaz.
Mito 3. “O orçamento de marketing é segredo”
Um dos mitos mais enraizados, e possivelmente mais prejudiciais, é a ideia de que o orçamento deve ser tratado como uma informação confidencial, acessível apenas a um número restrito de pessoas na organização. Esta postura, ao contrário do que muitos acreditam, pode ter efeitos adversos na execução das ações de marketing.
O orçamento de marketing deve ser tratado como uma variável transparente e integrada no processo de briefing. A comunicação clara dos recursos disponíveis é essencial para que as equipas de marketing, sejam internas ou externas, possam definir e adaptar as suas estratégias de forma realista e eficaz.
Além disso, um orçamento de marketing bem comunicado permite definir métricas de sucesso proporcionais ao investimento, garantindo uma avaliação justa do impacto das campanhas. A ocultação desta informação muitas vezes resulta em expectativas desalinhadas e numa má execução das atividades.
Repense a forma como gere e comunica o seu orçamento de marketing e junte-se a nós no combate a estes mitos.