De volta ao escritório? Não se feche numa sala de reuniões.

escritório depois da pandemia

De volta ao escritório? Não se feche numa sala de reuniões.

Para os que passámos as últimas semanas em teletrabalho, junho é o mês de voltar ao escritório. Mais cedo ou mais tarde, de forma mais ou menos faseada, vamos ter que voltar a sair de casa para ir trabalhar. Estarão de volta algumas rotinas mas é também um bom momento para mudar outras. Aqui fica uma sugestão: não se feche numa sala de reuniões, prefira as walking meetings!

Quem nos conhece sabe que no Departamento de Marketing somos praticantes e entusiastas de walking meetings. Walking meeting é uma reunião feita a caminhar ao ar livre. Todas as nossas reuniões internas são assim.

O lançamento das Walking meetings

No início de março escrevíamos aqui sobre a abertura das nossas walking meetings a convidados externos e apresentámos a identidade visual desta nossa iniciativa. Estávamos entusiasmados e confiantes de que estaríamos a iniciar um movimento e a contagiar mais empresas a adotar esta prática (contagiar agora parece sempre um verbo mau, mas não é). Tivemos que refrear os ânimos e adiar o nosso calendário de convidados. Mas não perdem pela demora. Já faltou mais para vos contarmos tudo o que temos preparado.

O regresso ao escritório e às rotinas

Durantes estes tempos de confinamento estivemos em teletrabalho e as nossas reuniões foram, como tantas outras, sentados, cada um em sua casa a olhar para um ecrã. Quando pensamos em voltar ao escritório sabemos que estarão de volta as reuniões presenciais e a luta pelas salas de reunião. Por maiores que sejam as empresas e os seus escritórios, nunca há salas de reunião que cheguem. Mas mais do que resolver o drama das salas de reunião, e agora com um olhar “covid”, as walking meetings parecem-nos uma solução ainda melhor. Ora veja.

Os benefícios das walking meetings
  1. São feitas ao ar livre.
  2. Garantem o distanciamento social (nós usamos auscultadores e ligamo-nos através do microsoft teams. Nem sempre estamos todos fisicamente no mesmo local. A Paula junta-se a caminhar desde a Grécia e o Daniel desde Espanha).
  3. Permitem descansar do uso da máscara.
  4. São mais efectivas porque têm obrigatoriamente que ser preparadas (as mensagens chave tem que ser claras e bold e os ficheiros para consulta têm que ser partilhados antecipadamente).
  5. Possibilitam o exercício físico em simultâneo, agora que as idas aos ginásios estão condicionadas.
  6. Fazem-nos sentir mais criativos e motivados.
  7. Estreitam relações entre a equipa.
  8. Transmitem uma sensação geral de bem-estar.

Muita gente nos pergunta: e tomar notas? E partilhar ficheiros? É difícil tomar notas mas por vezes gravamos as reuniões ou parte delas (também através do teams e com as devidas autorizações dos intervenientes). Quanto aos ficheiros, enviamos antecipadamente e se não forem demasiado extensos, podemos consultar no telemóvel ou levar um print no bolso.

Já Aristóteles reconhecia vantagens a caminhar e pensar em simultaneo

“Caminhar põe-nos a pensar com os músculos, com os sentidos e com o coração e não apenas com o cérebro” – estas palavras não são nossas, mas não diríamos melhor do que, imagine-se, os filósofos da Escola peripatética na Grécia Antiga que seguiam os ensinamentos de Aristóteles, o fundador.

Acrescentam ainda que “caminhar enquanto refletimos ajuda-nos assimilar conhecimentos, a melhorar a criatividade, a estabelecer relações entre ideias e a ser estimulados física e mentalmente por paisagens, cheiros, barulhos e silêncios. Além disso, o facto de caminharmos enquanto dialogamos com outras pessoas põe-nos em sintonia com elas. Ao partilharmos o mesmo esforço físico e mental somos levados a aceitar mais naturalmente outras perspetivas e críticas às nossas ideias o que torna o diálogo mais cooperativo e menos dialético. “

Bom regresso!